A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) declarou que ainda não tomou nenhuma decisão sobre a retirada do limite de produção de 38 aeronaves por mês da família Boeing 737 MAX, estabelecido desde o início de 2024.
O administrador da FAA, Bryan Bedford, afirmou em 8 de setembro de 2025 que os avanços da Boeing são notáveis, mas que o processo exige cautela. “O progresso está sendo feito. Pode não ser tão rápido quanto a Boeing gostaria, mas é tão rápido quanto podemos razoavelmente conduzir o processo”, disse Bedford.
Segundo o dirigente, a agência aguarda dados concretos para avaliar se a fabricante cumpriu os marcos necessários para justificar qualquer alteração. “Este será um processo conduzido de baixo para cima. São as equipes de linha de frente da FAA que recomendam quando os marcos foram alcançados. Até agora, nenhuma recomendação chegou, o que indica que o trabalho ainda está em andamento”, completou.
Em agosto de 2025, a FAA já havia informado que realizaria exercícios de mesa baseados em cenários para avaliar riscos junto à Boeing antes de tomar uma decisão. Esses exercícios devem ser concluídos até o final de setembro.
Apesar das restrições, a Boeing mantém otimismo. A CEO Kelly Ortberg declarou em maio que a empresa continua confiante em elevar a produção dos 737 MAX de 38 para 42 unidades por mês até o fim de 2025. A fabricante também projeta que, após aprovação da FAA, poderá avançar gradualmente até 47 aeronaves mensais ou mais.
O limite de produção foi imposto após o incidente de 5 de janeiro de 2024, quando um plugue de porta se soltou de um 737 MAX 9 da Alaska Airlines logo após a decolagem. Desde então, a Boeing está sob intenso escrutínio regulatório, sendo obrigada a apresentar um plano detalhado para corrigir falhas de qualidade em seus processos de fabricação.